Dez dias após três mulheres serem encontradas mortas em praia na Bahia, polícia diz que interrogou e fez exames em quatro pessoas

Dez dias após a descoberta dos corpos de três mulheres em uma área de vegetação na Praia dos Milionários, em Ilhéus, no sul da Bahia, a Polícia Civil informou que quatro pessoas já foram interrogadas e submetidas a exames periciais. Até a manhã desta segunda-feira (25), no entanto, ninguém havia sido preso.
As vítimas foram Alexsandra Suzart, Maria Helena Bastos e Mariana Bastos, assassinadas a facadas no dia 15 de agosto, enquanto passeavam com o cachorro. Os corpos foram localizados no dia seguinte por jovens cristãos que frequentavam as mesmas igrejas que as mulheres.
No último sábado (23), a TV Bahia revelou que três possíveis suspeitos foram identificados. A polícia, entretanto, ainda não confirmou a autoria do crime e segue em busca dos investigados.
Avanço das investigações
Em nota divulgada no domingo (24), a polícia informou que os quatro interrogados passaram por coleta de DNA, confronto de digitais e exames de lesões corporais. Os resultados dessas análises ainda não foram concluídos.
O caso enfrenta dificuldades pela ausência de câmeras de monitoramento no ponto exato onde os corpos foram encontrados, considerado uma “zona cega” para vigilância eletrônica. Apesar disso, imagens de pelo menos 15 equipamentos da região já foram recolhidas para análise.
Suspeitos e principais linhas de investigação
A principal hipótese da polícia é de triplo homicídio cometido por pessoas em situação de rua ou usuários de drogas que estariam escondidos na mata próxima à praia. Os investigadores acreditam que duas ou três pessoas podem ter participado do crime, mas não descartam a possibilidade de que um único agressor tenha agido sozinho.
A suspeita de autoria única se apoia no padrão das facadas: todas as vítimas apresentavam cortes semelhantes no pescoço, indicando o possível uso da mesma técnica e da mesma arma. Além disso, foram encontradas lesões provocadas por cacos de vidro. O delegado responsável, Helder Carvalhal, esclareceu que não havia sinais de violência sexual nos corpos.O terreno onde as mulheres foram mortas fica próximo a residências, pousadas, estabelecimentos comerciais e a um trecho da rodovia BA-001. Também está ao lado do clube AABB, que não possui câmeras de vigilância, o que pode ter facilitado a fuga do(s) autor(es).
A Polícia Técnica realizou buscas no local em busca da arma do crime e recolheu diversos objetos de interesse, além de cortar parte da vegetação para ampliar a área de perícia.
Fonte: G1.Globo.Com