Brics alerta para riscos da Inteligência Artificial e defende código aberto

O Brics divulgou neste domingo (6), no Rio de Janeiro, uma declaração defendendo o avanço da inteligência artificial (IA) em código aberto, com compartilhamento global de tecnologias e conhecimentos. O texto estabelece diretrizes com base em acesso justo à tecnologia e será seguido por comunicados sobre clima e saúde. As orientações devem influenciar as posições do bloco em fóruns internacionais, especialmente nas negociações com nações desenvolvidas, que atualmente lideram o setor.
“Destacamos o papel da cooperação internacional para facilitar o acesso a tecnologias baseadas em IA e componentes críticos, para remover barreiras aos recursos financeiros necessários para pesquisa e inovação em IA e para desenvolver conhecimentos, habilidades e estruturas de gerenciamento de risco necessários para alavancar efetivamente as tecnologias de IA, especialmente em países de baixa e média renda”, diz parte do texto.
A governança da IA, segundo o Brics, deve ser orientada pela O|rganização das Nações Unidas (ONU), para reduzir desigualdades e permitir um uso mais democrático da tecnologia. A regulação precisa garantir os direitos dos países, empresas e cidadãos, dentro das legislações nacionais e acordos internacionais.
O texto também aborda impactos sociais e ambientais da IA, como a substituição de empregos e os riscos de discriminação algorítmica. “Mulheres, minorias, pessoas com deficiência e grupos vulneráveis tendem a ser os mais afetados”, alerta o grupo. Também se destaca a ameaça da desinformação gerada por IA, e propõe o fortalecimento da educação midiática e digital.