Mesmo com lei, cinto de segurança e uso de cadeirinha ainda são ignorados

Apesar de o uso do cinto de segurança ser obrigatório desde 1997, muitas pessoas ainda ignoram sua utilização. Durante o último feriado, por exemplo, de Carnaval, foram registradas 8.296 atuações nas estradas federais por condutores e passageiros que não utilizavam o cinto de segurança, aumento de 6% em relação ao mesmo período de 2021, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Ainda de acordo com a PRF, também houve crescimento de 16% em acidentes graves, de 6% de feridos e de 18% em mortos em relação ao ano passado.

O presidente da Sociedade Brasileira de Trauma Ortopédico (TRAUMA), Dr. Vincenzo Giordano Neto, alerta que os dados são extremamente preocupantes, uma vez que o cinto de segurança diminui o impacto e a gravidade em caso de acidentes. “No caso de uma batida, um corpo solto em um automóvel mantém a mesma velocidade que estava até encontrar uma barreira. Com isso, sem o cinto, em uma batida a 60 km/h, essa será a velocidade com que uma pessoa atinge o para-brisa. Situação ainda pior na estrada, onde o limite de velocidade permitido é maior, entre 100 km/h, 120 km/h. Um impacto nessas proporções, se não resultar em óbito, deixa sequelas permanentes”, ressalta.

Acidentes de trânsito estão entre as principais causas de politraumatismos, situação a qual, ao menos, dois órgãos ou duas partes distintas do corpo são lesionadas gravemente.

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