Menor marca-passo do mundo chega ao Brasil
Cerca de 300 mil brasileiros utilizam marca-passos no país e aproximadamente 49 mil realizam o implante desse tipo de dispositivo por ano, segundo dados do Censo Mundial de Marca-passos e Desfibriladores. Estigmatizado como um dispositivo que pode sinalizar possíveis limitações de saúde, os relatos de os pacientes que os utilizam apontam um outro conceito – a oportunidade de viver e exercer atividades que exigem esforços físicos, antes limitadas por um problema elétrico do coração.
Pioneira no desenvolvimento de marca-passo, a Medtronic, lança o primeiro dispositivo sem os cabos-eletrodos, ou seja, sem os condutores que levam o impulso elétrico. O tamanho do dispositivo impressiona. São apenas 20mm de comprimento, similar a uma cápsula de vitamina, e é o menor do mundo, pesando menos de 2g. O design minúsculo permite que o implante seja minimamente invasivo. Os marca-passos tradicionais deixam uma elevação visível na pele na região acima do coração. No caso do Micra, a discrição é preservada, dando liberdade aos pacientes que não ficam com traumas estéticos e possam praticar exercícios físicos.A inexistência de eletrodos reduz o risco de infeção grave causada pelo contato dos cabos com a corrente sanguínea e elimina as infecções da pele do tórax no local do implante. Não é incomum alguns pacientes precisarem fazer a extração dos cabos-eletrodos por conta do grau de infecção, microfraturas ou tromboses causadas pelos extensos eletrodos. Entretanto, o maior benefício do Micra está na performance do equipamento, e de como ele preserva o sistema venoso, área responsável por transportar o sangue desoxigenado para o coração.