Uesc tem papel de destaque em documento sobre o cultivo sustentável do cacau apresentado na COP30
O documento “State of the art on cocoa cultivation in Brazil” (Estado da Arte sobre o Cultivo de Cacau no Brasil), entregue a autoridades durante a COP30, destacou o protagonismo da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) entre as instituições organizadoras. A publicação reúne informações técnicas e científicas sobre os sistemas agroflorestais (SAFs) de cacau no país e propõe caminhos para uma produção sustentável e de baixo impacto ambiental.
O trabalho foi uma realização conjunta do Instituto Arapyaú, da Embaixada do Reino dos Países Baixos (The Embassy of the Kingdom of the Netherlands), da Uesc e da Conservation International Brasil. A coordenação coube à professora e pesquisadora Débora Faria, da Uesc, e a Miguel Calmon, especialistas reconhecidos por suas contribuições às pesquisas sobre biodiversidade e sustentabilidade. A preparação do documento contou com Susian Chistian Martins, Eduardo Gusson e Marcos Nachtergaele, além do design gráfico de Bruna Foltran e Bia Bonas.
O estudo apresenta o cacau brasileiro como um modelo global de produção sustentável, ressaltando o legado de mais de 270 anos de tecnologia e tradição. Destaca ainda o papel central dos pequenos produtores e dos sistemas agroflorestais — especialmente as tradicionais cabrucas do sul da Bahia — na preservação ambiental e na mitigação das mudanças climáticas.
De acordo com o relatório, o Brasil é o único grande produtor mundial que concentra em seu território toda a cadeia de valor do cacau, desde o plantio até a fabricação do chocolate. O documento aponta o potencial do país para retomar sua posição entre os principais produtores globais, aliando produtividade, conservação e inclusão social.
A participação da Uesc na elaboração do material reforça sua relevância científica e institucional no desenvolvimento de pesquisas voltadas à sustentabilidade e à valorização da cultura cacaueira. Sob a liderança da professora Débora Faria, a universidade reafirma seu compromisso com a ciência, o meio ambiente e o fortalecimento de práticas agrícolas sustentáveis no território sul-baiano.
FOTO ILUSTRATIVA.









